sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Construindo conhecimento

Ao analisar as contribuições da teoria construtivista, enfatizo que, entre outros aspectos: o papel do aluno como sujeito que age sobre a escrita, construindo hipóteses e concepções acerca do que representa esse objeto sociocultural e sobre como representa. Nesse sentido, a aprendizagem tem contornos diferentes das práticas tradicionais, pois valoriza a produção espontânea da criança, libertando-a dos treinos mecânicos de leitura e de escrita. Outra contribuição importante, oriunda dos estudos construtivistas, refere-se à concepção de erros de escrita. Tais erros, nas práticas tradicionais, representam sérios problemas, servindo, em muitos casos, para rotular o aluno como disléxico ou algo similar.
Nas considerações sobre interacionismo, Oswald (1997) afirma que nesta abordagem a concepção do aluno difere das concepções postuladas nas teorias supracitadas. O aluno é, portanto, um sujeito histórico-social que constrói e reconstrói a cultura, transformando-a e sendo por ela transformado. Do mesmo modo, constrói e reconstrói a escrita (objeto cultural), num processo essencialmente social que, dessa forma, juntamente com o desenvolvimento e apropriação de diferentes habilidades, favorece a ampliação das funções psicológicas superiores.
O papel do professor, nesta perspectiva, tomando o aluno como ser social que se apropria da escrita nas interações com diferentes interlocutores (mediadores), refere-se à organização de práticas interativas de ensino-aprendizagem, que provoquem o desenvolvimento de suas concepções sobre o objeto de conhecimento. Essa compreensão do aprendizado da escrita implica interpretar os erros ortográficos das crianças, na alfabetização, como conhecimento potencial acerca da escrita, indicando um conhecimento real a ser construído uma vez que:
A zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão presentes em estado embrionário. Essas funções poderiam ser chamadas de ‘brotos’ do desenvolvimento. O nível de desenvolvimento mental, retrospectivamente, enquanto a zona de desenvolvimento proximal caracteriza o desenvolvimento prospec-tivamente. (Vigotski, 1998, p. 113).
É importante, então, que o professor alfabetizador possa compreender a dinâmica da aprendizagem, percebendo o significado da prática escolar na condução desse processo e no desenvolvimento das funções psicológicas superiores da criança. De outro modo, a ênfase nos princípios da racionalidade técnica, pode limitar a escrita à mera habilidade motora, fragmentando e fossilizando o saber escolar.
Assim, o fato de não estar preparado, do ponto de vista teórico-metodológico, para o desenvolvimento das novas propostas, provocou e tem provocado sérios equívocos na prática pedagógica do professor alfabetizador. Esses equívocos referem-se ao papel do professor na sala de aula, que em razão da aplicabilidade de uma nova proposta, sem a sua adequada preparação, termina por deixar a turma entregue a situações espontâneas de aprendizagem.

Brincar é preciso

O número de especialista em educação é cada vez maior, interessados na pratica do  BRINCAR na educação levando a criança a criar e explorar diferentes percepções enriquecendo o aprendizado com de forma lúdica.
   Em países desenvolvidos esta pratica já vem sendo desenvolvida e a repercussão da garantia do aprendizado é garantida com  valorização sendo um indicador de qualidade da educação.
“È necessário que a escola regaste o espaço da brincadeira” (Wayskorp, Giselda).
   Algumas instituições adotam o modelo do brincar utilizando o lúdico de maneira banal priorizando o ensino de conteúdos, sendo assim, procuram  readaptação ao modelo do mercado  competitivo para satisfazer as ansiedades das famílias. “Há um descrédito na brincadeira como se fosse perda de tempo” (Wayskorp, Giselda).
   A brincadeira envolve o aprendizado favorecendo a criatividade e a capacidade imaginativa dando versatibilidade a qualquer pessoa criando habilidades para trabalhos em equipes.
   Os cursos de pedagogia não priorizam o lúdico em seus conteúdos não há matérias que estimulem os alunos a explorar um meio de ensino  levando em consideração  lúdico, o brincar de maneira que possibilita a criança a aprender de forma prazerosa, não prepara o futuro professor para brincar.
   No Brasil foi desenvolvido por especialista em educação o REFERENCIAL CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL, que dispões idéias que ofereçam uma aprendizagem voltada para o lúdico, mas a circulação é precária criando impossibilidade de acesso não dando margem ao professor para acessá-lo e explorá-lo.
    No campo da neurociência há variedades de estímulos onde apontam que o brincar proporciona um conjunto de significados seja no cognitivo, social, emocional e físico motor, onde os estímulos do brincar oferecem multi possibilidades favorecendo a criança amplamente em capacidades, coordenação, representação, raciocínio abstrato, entre tantas formas de percepções benevolentes para  que possa  utiliza a estratégia do  brincar explorando os estímulos desta pratica e as internalizando.
   O professor deve estar atento a forma como a criança brinca e se portam em determinada brincadeira observando seu interesse, a atenção ou a desatenção o que realmente motiva a criança a querer ou não querer brincar com determinado jogo ou situação lúdica e com isso o professor poderá oferecer possibilidades para que ela expanda seu interesse e estimule a atenção despertando seu interesse  sobre determinada brincadeira.
   È necessário que o professor tenha em mente que apesar de não achar que a brincadeira é indesejada  não dá pra ignorar que muitas vezes é preciso ensinar a brincar, cabendo ao professor buscar campos que o auxiliem em seu desenvolvimento, ampliar o repertório das crianças inclusive brincar com elas em alguns momentos organizando ambientes para que se possa vir a acontecer à brincadeira  favorecendo a autonomia e uma aprendizagem rica em contato com brinquedos e formas de brincadeiras facilitando a inserção da criança  no mundo da fantasia e interação com os amigos e ambiente.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Teorias de Aprendizagem e Alfabetização

As contribuições que Emilia Ferreiro e Ana Teberosky desenvolveram sobre o campo da língua escrita no inicio da vida escolar demonstra como a criança constrói o sistema da linguagem escrita durante o percurso de escolarização.
Para isso desenvolveram o método das hipóteses do qual as crianças passam como um ritual processual que ela constrói ao longo de sua jornada.
Fazendo uma análise dos métodos de aquisição da linguagem escrita elucidando o desenvolvimento e a construção do sistema de escrita feitos pelos alunos dando um enfoque e desmistificando o papel pelo qual a criança passa no processo de lecto-escrita.
No Brasil essas contribuições serviram para elucidar e desmistificar a problemática sobre a alfabetização dando respaldo aos professores sobre a construção do sistema da linguagem escrita construídos pelas crianças que foram as hipóteses segmentadas da seguinte forma: Pré- Silábico (não relaciona escrita com a fala, não diferencia números de letras),Silábico ( para cada fonema usa uma letra para representá-lo,pode ou não atribuir valor sonoro para cada letra) , Silábico Alfabético (compreende a escrita e representa sons com a fala, percebe a necessidade de mais letras para a construção das silabas,atribui o valor do fonema em algumas letras.) e Alfabético (compreende a função social da escrita e comunicação, conhece o valor sonoro, de todas ou quase todas as letras faz leituras com imagens ou sem imagens, inicia preocupação com questões ortográficas, produz textos de forma convencional.).
Essa teoria trouxe mudanças no que se entendia ate então como alfabetização era tida,
isto é, como mera sistematização do código fundado em relação entre grafemas e fonemas.
Esse método trouxe transformação sobre as formas de praticas do uso da linguagem escrita, sendo fundamental para que se mudasse a proposta de ensino ate então aplicada focada no método tradicional iniciando o método construtivista fazendo assim uma distinção da competência e desempenho das características vistas como homogeneizadas onde a aprendizagem deixa de ser uma segregação dicotômica entre o sujeito que aprende e o professor que ensina vista como mera sistematização.
Neste contexto vivenciamos mudanças nas questões educacionais com transformações  políticas e sociais.

By: Eli Cristina